segunda-feira, maio 08, 2006

Povoamento da Terra, q. 50 e 51


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Olá a todos,

Dando continuidade ao nosso estudo, vamos ler, nesta semana, as questões 50 e 51 de O Livro dos Espíritos, que tratam do povoamento da Terra.


Vamos às questões de reflexão:

1. Quais as possíveis explicações para a existência de Adão, conforme o contido na Bíblia?

2. Qual a etimologia do nome Adão?

Muita paz,

domingo, maio 07, 2006

Formação dos seres vivos, (q. 43 a 49) - Conclusão

Olá a todos,

Vamos a uma tentativa de conclusão:

1. Explique a frase: "A Terra lhes continha os gérmens, que aguardavam momento favorável para se desenvolverem".
O dicionário Aurélio define germe (ou gérmen) como sendo “Rudimento de um novo ser; o princípio, a origem ou a causa de qualquer coisa; o estado rudimentar; o embrião; um micróbio.” Isto é, o estágio inicial de alguma coisa, conforme a acepção que nos interessa aqui.
Quando os Espíritos respondem que a Terra continha os gérmens, eles querem dizer que os elementos necessários para o surgimento da vida se encontravam em estado de latência, aguardando condições propícias para o seu aparecimento.
Dessa forma, não se pode falar de criação miraculosa, mágica, mas de cumprimento das Leis Divinas. Essa constatação em nada diminui o poder de Deus, ao contrário, nos mostra a Suprema Inteligência agindo por meio do equilíbrio, da harmonia, do progresso infinito que governa e dirige todas as coisas.

2. Na questão 46, os Espíritos confirmam a idéia de geração espontânea ou abiogênese, frontalmente combatida pela Ciência?
Quando os Espíritos afirmam que sim, que há seres que nascem espontaneamente, eles acrescentam um “mas”; os seres nascem espontaneamente, MAS já existia um gérmen primitivo em estado de latência. Quando os contraditores da Doutrina Espírita utilizam essa questão para afirmar um suposto caráter anti-científico do Espiritismo, eles simplesmente incorrem no erro de não verem o MAS.
Como sabemos, as obras básicas da Doutrina Espírita são apenas O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Nesse Pentateuco Kardequiano, como essas obras são conhecidas, não há um posicionamento favorável à idéia da geração espontânea. Kardec deixou a teoria como hipótese, como lhe aconselhava sempre o bom senso, aliás, seu traço característico. Na Revista Espírita, todavia, Kardec tratava de assuntos que não necessariamente comporiam o corpo da Doutrina e que, por isso, comportaria o ponto de vista pessoal de seus autores. É o que acontece com o tema da geração espontânea. Na edição de julho de 1868, Kardec expõe sua opinião (e deixa claro que era um ponto de vista particular seu, isto é, não posição doutrinária) de que acreditava na geração espontânea, isto é, o aparecimento de seres vivos do nada, como defenderam vários filósofos antigos, inclusive Aristóteles.
A Ciência, principalmente, com Pasteur, sepultou a possibilidade da geração espontânea, mas tal fato não coloca o princípio colocado em O Livro dos Espíritos em xeque, já que os Espíritos não afirmaram que a teoria da abiogênese era verdadeira. Eles disseram que havia um princípio em latência aguardando as condições propícias para o aparecimento da vida. Utilizar o contido na Revista Espírita, de julho de 1868, como um argumento contra o aspecto científico da Doutrina Espírita é dar recibo de que não se conhece o que seja o Espiritismo.

3. Como os Espíritos explicam por que não continuam a aparecer homens espontaneamente, como no princípio dos tempos?
É válido apontar que o homem não se formou espontaneamente; que os primeiros seres vivos foram os vegetais e que, em seguida apareceram os plânctons (intermediários entre os vegetais e os animais). A partir daí, houve a evolução das espécies e, após largo espaço de tempo, a espécie humana apareceu na face da Terra. Dizer que o homem surgiu do limo da Terra não quer dizer que a transformação foi direta, que o homem foi gerado espontaneamente, isto é, surgiu do nada.
Na questão 49, os Espíritos afirmam que os homens absorveram em si mesmos os elementos necessários à sua própria formação, para transmiti-los segundo as leis da reprodução e que o mesmo se deu com as diferentes espécies de seres vivos. É dessa forma que não há mais necessidade que, para se multiplicar, o homem surja dos elementos primitivos do planeta.