Formação dos seres vivos, (q. 43 a 49) - Conclusão
Olá a todos,
Vamos a uma tentativa de conclusão:
1. Explique a frase: "A Terra lhes continha os gérmens, que aguardavam momento favorável para se desenvolverem".
O dicionário Aurélio define germe (ou gérmen) como sendo “Rudimento de um novo ser; o princípio, a origem ou a causa de qualquer coisa; o estado rudimentar; o embrião; um micróbio.” Isto é, o estágio inicial de alguma coisa, conforme a acepção que nos interessa aqui.
Quando os Espíritos respondem que a Terra continha os gérmens, eles querem dizer que os elementos necessários para o surgimento da vida se encontravam em estado de latência, aguardando condições propícias para o seu aparecimento.
Dessa forma, não se pode falar de criação miraculosa, mágica, mas de cumprimento das Leis Divinas. Essa constatação em nada diminui o poder de Deus, ao contrário, nos mostra a Suprema Inteligência agindo por meio do equilíbrio, da harmonia, do progresso infinito que governa e dirige todas as coisas.
2. Na questão 46, os Espíritos confirmam a idéia de geração espontânea ou abiogênese, frontalmente combatida pela Ciência?
Quando os Espíritos afirmam que sim, que há seres que nascem espontaneamente, eles acrescentam um “mas”; os seres nascem espontaneamente, MAS já existia um gérmen primitivo em estado de latência. Quando os contraditores da Doutrina Espírita utilizam essa questão para afirmar um suposto caráter anti-científico do Espiritismo, eles simplesmente incorrem no erro de não verem o MAS.
Como sabemos, as obras básicas da Doutrina Espírita são apenas O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Nesse Pentateuco Kardequiano, como essas obras são conhecidas, não há um posicionamento favorável à idéia da geração espontânea. Kardec deixou a teoria como hipótese, como lhe aconselhava sempre o bom senso, aliás, seu traço característico. Na Revista Espírita, todavia, Kardec tratava de assuntos que não necessariamente comporiam o corpo da Doutrina e que, por isso, comportaria o ponto de vista pessoal de seus autores. É o que acontece com o tema da geração espontânea. Na edição de julho de 1868, Kardec expõe sua opinião (e deixa claro que era um ponto de vista particular seu, isto é, não posição doutrinária) de que acreditava na geração espontânea, isto é, o aparecimento de seres vivos do nada, como defenderam vários filósofos antigos, inclusive Aristóteles.
A Ciência, principalmente, com Pasteur, sepultou a possibilidade da geração espontânea, mas tal fato não coloca o princípio colocado em O Livro dos Espíritos em xeque, já que os Espíritos não afirmaram que a teoria da abiogênese era verdadeira. Eles disseram que havia um princípio em latência aguardando as condições propícias para o aparecimento da vida. Utilizar o contido na Revista Espírita, de julho de 1868, como um argumento contra o aspecto científico da Doutrina Espírita é dar recibo de que não se conhece o que seja o Espiritismo.
3. Como os Espíritos explicam por que não continuam a aparecer homens espontaneamente, como no princípio dos tempos?
É válido apontar que o homem não se formou espontaneamente; que os primeiros seres vivos foram os vegetais e que, em seguida apareceram os plânctons (intermediários entre os vegetais e os animais). A partir daí, houve a evolução das espécies e, após largo espaço de tempo, a espécie humana apareceu na face da Terra. Dizer que o homem surgiu do limo da Terra não quer dizer que a transformação foi direta, que o homem foi gerado espontaneamente, isto é, surgiu do nada.
Na questão 49, os Espíritos afirmam que os homens absorveram em si mesmos os elementos necessários à sua própria formação, para transmiti-los segundo as leis da reprodução e que o mesmo se deu com as diferentes espécies de seres vivos. É dessa forma que não há mais necessidade que, para se multiplicar, o homem surja dos elementos primitivos do planeta.
Vamos a uma tentativa de conclusão:
1. Explique a frase: "A Terra lhes continha os gérmens, que aguardavam momento favorável para se desenvolverem".
O dicionário Aurélio define germe (ou gérmen) como sendo “Rudimento de um novo ser; o princípio, a origem ou a causa de qualquer coisa; o estado rudimentar; o embrião; um micróbio.” Isto é, o estágio inicial de alguma coisa, conforme a acepção que nos interessa aqui.
Quando os Espíritos respondem que a Terra continha os gérmens, eles querem dizer que os elementos necessários para o surgimento da vida se encontravam em estado de latência, aguardando condições propícias para o seu aparecimento.
Dessa forma, não se pode falar de criação miraculosa, mágica, mas de cumprimento das Leis Divinas. Essa constatação em nada diminui o poder de Deus, ao contrário, nos mostra a Suprema Inteligência agindo por meio do equilíbrio, da harmonia, do progresso infinito que governa e dirige todas as coisas.
2. Na questão 46, os Espíritos confirmam a idéia de geração espontânea ou abiogênese, frontalmente combatida pela Ciência?
Quando os Espíritos afirmam que sim, que há seres que nascem espontaneamente, eles acrescentam um “mas”; os seres nascem espontaneamente, MAS já existia um gérmen primitivo em estado de latência. Quando os contraditores da Doutrina Espírita utilizam essa questão para afirmar um suposto caráter anti-científico do Espiritismo, eles simplesmente incorrem no erro de não verem o MAS.
Como sabemos, as obras básicas da Doutrina Espírita são apenas O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Nesse Pentateuco Kardequiano, como essas obras são conhecidas, não há um posicionamento favorável à idéia da geração espontânea. Kardec deixou a teoria como hipótese, como lhe aconselhava sempre o bom senso, aliás, seu traço característico. Na Revista Espírita, todavia, Kardec tratava de assuntos que não necessariamente comporiam o corpo da Doutrina e que, por isso, comportaria o ponto de vista pessoal de seus autores. É o que acontece com o tema da geração espontânea. Na edição de julho de 1868, Kardec expõe sua opinião (e deixa claro que era um ponto de vista particular seu, isto é, não posição doutrinária) de que acreditava na geração espontânea, isto é, o aparecimento de seres vivos do nada, como defenderam vários filósofos antigos, inclusive Aristóteles.
A Ciência, principalmente, com Pasteur, sepultou a possibilidade da geração espontânea, mas tal fato não coloca o princípio colocado em O Livro dos Espíritos em xeque, já que os Espíritos não afirmaram que a teoria da abiogênese era verdadeira. Eles disseram que havia um princípio em latência aguardando as condições propícias para o aparecimento da vida. Utilizar o contido na Revista Espírita, de julho de 1868, como um argumento contra o aspecto científico da Doutrina Espírita é dar recibo de que não se conhece o que seja o Espiritismo.
3. Como os Espíritos explicam por que não continuam a aparecer homens espontaneamente, como no princípio dos tempos?
É válido apontar que o homem não se formou espontaneamente; que os primeiros seres vivos foram os vegetais e que, em seguida apareceram os plânctons (intermediários entre os vegetais e os animais). A partir daí, houve a evolução das espécies e, após largo espaço de tempo, a espécie humana apareceu na face da Terra. Dizer que o homem surgiu do limo da Terra não quer dizer que a transformação foi direta, que o homem foi gerado espontaneamente, isto é, surgiu do nada.
Na questão 49, os Espíritos afirmam que os homens absorveram em si mesmos os elementos necessários à sua própria formação, para transmiti-los segundo as leis da reprodução e que o mesmo se deu com as diferentes espécies de seres vivos. É dessa forma que não há mais necessidade que, para se multiplicar, o homem surja dos elementos primitivos do planeta.
4 Comments:
Olha, já cai em seu site duas vezes fazendo pesquisas sobre questões polêmicas da codificação... suas respostas são as mais convincentes, mas desta vez não concordo com a resposta da pergunta 46 do LE. Ainda estou em busca para esta questão e penso que a prórpia opinião de Kardec sobre a abiogênese tenha sido influênciada por esta resposta que obteve dos espíritos... em 1857 já existiam estudos convincentes de que não existia a abiogênese embora houvesse naquela época dúvidas sobre os experimentos anteriores. Penso que se Kardec acreditava na abiogênese, ele se deixou levar pelo conhecimento dado pelos espíritos e creio que nessa questão em particular não tenha usado muito da razão para tê-la como verdade podendo ter sido vítima de espíritos mitificadores.
Além disso, Kardec nunca colocou um ponto final na sua obra, sou totalmente contra alterar a obra básica, mas penso que obras complementares sob o aspecto científico devam ser publicadas. O espiritismo é dinâmico e deveriamos cobrar dos espíritos esclarecimentos.
Ví uma psicografia que não me convenceu em nada (esqueci o espírito agora).
Além disso, alguns interpretam como tendo sido uma referência ao experimento de Oparin no século XX (essa foi a pior explicação que eu ouvi)
Pode não parecer, mas eu sou espírita, mas eu não tenho como engolir essa. Tenho certeza que ainda não temos a resposta para este questionamento o que nos leva a crer que Kardec cometeu um engano.
Só complementando, lí melhor o que escreveu. Fato científico é que no início da putrefação há dois agentes internos, que vivem no organismo do ser humano que colaboram para a decomposição:
1) As enzimas das células que entram em processo de autólise ou citólise;
2) As bactérias benéficas que vivem no nosso intestino, tendo em vista as novas condições, lutam pela vida iniciando o estado de putrefação: são elas que causam o esverdeamento da região abdominal.
Poderia se isso aí... pesquisarei mais sobre perícia cadavérica, busque artigos sobre isso, pois se isso for verdade, realmente podem ser os tais gérmens sem os quais não haveria outro tipo de invasão.
Interessante tb pesquisar sobre saponificação e mumificação.
Se a geração espontânea é fato demonstrado, por muito limitado que seja, não deixa de constituir um fato capital, um marco de natureza a indicar o caminho para novas observações. Sabe-se que os seres orgânicos complexos não se produzem dessa maneira; mas, quem sabe como eles começaram? Quem conhece o segredo de todas as transformações? Vendo o carvalho sair da glande, quem pode afirmar que não exista um laço misterioso entre o pólipo e o elefante? (Nº 25.)
No estado atual dos nossos conhecimentos, não podemos estabelecer a teoria da geração espontânea permanente, senão como hipótese, mas como hipótese provável e que um dia, talvez, tome lugar entre as verdades científicas incontestes.[1]
[1] Revue Spirite, julho de 1868, pág. 201: “Desenvolvimento da teoria da geração espontânea”.
Olha a pergunta de kardec foi bem clara e a resposta espiritual mais clara e inclusive convicta da verdade, ou seja a geracao espontânea é uma considerada uma verdade pelo espirito, mas não eta errado e todo mundo sabe disso pelo amor de Deus e ainda o grande problema é que toda obra foi revisada por espíritos superiores e todos aceitaram este erro ingênuo para nós hoje.
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