segunda-feira, junho 12, 2006

A vida e a morte (q.68 a 70)



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Olá a todos,

Dando continuidade ao estudo do capítulo IV, da primeira parte d’O Livro dos Espíritos, nesta semana nos ocuparemos do subtítulo A Vida e a Morte (q. 68 a 70).

Vamos às questões de aprofundamento:

1. Além do coração, quais são os outros órgãos vitais do corpo humano?

2. Explique a comparação dos corpos orgânicos com os aparelhos elétricos.

3. Cite exemplos de transferência de fluido vital de um corpo orgânico a outro.

Muita paz!
Resumo de O Livro dos Espíritos
A vida e a morte
A causa da morte dos seres orgânicos é o esgotamento dos órgãos. (q. 68)

A morte poderia ser comparada à cessação do movimento de uma máquina desorganizada; se a máquina está mal montada, cessa o movimento; se o corpo está enfermo, a vida se extingue. (q. 68a)

O coração é máquina da vida, não é, porém o único órgão cuja lesão ocasiona a morte. Ele não passa de uma das peças essenciais. (q. 69)

Com a morte dos seres orgânicos, a matéria inerte se decompõe e vai formar novos organismos. O princípio vital volta à massa donde saiu.
Morto o ser orgânico, os elementos que o compõe sofrem novas combinações, de que resultam novos seres, os quais haurem na fonte universal o princípio da vida e da atividade, o absorvem e assimilam, para novamente restituírem a essa fonte, quando deixarem de existir.
Os órgãos se impregnam, por assim dizer, desse fluido vital e esse fluido dá a todas as partes do organismo uma atividade que as põe em comunicação entre si, nos casos de certas lesões, e normaliza as funções momentaneamente perturbadas. Mas, quando os elementos essenciais ao funcionamento dos órgãos estão destruídos, ou muito profundamente alterados, o fluido vital se torna impotente para lhes transmitir o movimento da vida, e o ser morre.
Mais ou menos necessariamente, os órgãos reagem uns sobre os outros, resultando essa ação recíproca da harmonia do conjunto por eles formado. Destruída que seja, por uma causa qualquer, esta harmonia, o funcionamento deles cessa, como o movimento da máquina cujas peças principais se desarranjem. É o que se verifica, por exemplo, com um relógio gasto pelo uso, ou que sofreu um choque por acidente, no qual a força motriz fica impotente para pô-lo de novo a andar.
Num aparelho elétrico temos imagem mais exata da vida e da morte. Esse aparelho, como todos os corpos da Natureza, contém eletricidade em estado latente. Os fenômenos elétricos, porém, não se produzem senão quando o fluido é posto em atividade por uma causa especial. Poder-se-ia então dizer que o aparelho está vivo. Vindo a cessar a causa da atividade, cessa o fenômeno: o aparelho volta ao estado de inércia. Os corpos orgânicos são, assim, uma espécie de pilhas ou aparelhos elétricos, nos quais a atividade do fluido determina o fenômeno da vida. A cessação dessa atividade causa a morte.
A quantidade de fluido vital não é absoluta em todos os seres orgânicos. Varia segundo as espécies e não é constante, quer em cada indivíduo, quer nos indivíduos de uma espécie. Alguns há, que se acham, por assim dizer saturados desse fluido, enquanto os outros o possuem em quantidade apenas suficiente. Daí, para alguns, vida mais ativa, mais tenaz e, de certo modo, superabundante.
A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se insuficiente para a conservação da vida, se não for renovada pela absorção e assimilação das substâncias que o contêm.
O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tiver em maior porção pode dá-lo a um que o tenha de menos e em certos casos prolongar a vida prestes a extinguir-se. (q. 70)