Espaço universal (q.35 e 36) - Conclusão
Olá a todos,
Vamos à conclusão do estudo da semana:
1. O que é o espaço?
- Muitas definições foram dadas para explicar o que seja o espaço. Nenhuma delas, contudo, logrou acrescentar algo à idéia que o próprio termo exprime. Para uns, o espaço é a extensão que separa dois corpos e, onde não haja corpos, não haverá espaço. Nisto se basearam alguns teólogos para estabelecerem que o espaço é necessariamente finito, alegando que certo número de corpos finitos não poderiam formar uma série infinita e que, onde acabassem os corpos, igualmente o espaço acabaria. Também definiram o espaço como sendo o lugar onde se movem os mundos, o vazio onde a matéria atua, etc.
- O espírito Galileu (no cap. VI, de A Gênese) deixa essas definições de lado e acentua que o espaço é infinito, pela razão de ser impossível imaginar-lhe um limite qualquer e porque mais fácil é avançar pelo espaço eternamente, em pensamento, do que parar num ponto qualquer em que não mais encontrássemos extensão a percorrer.
- Para figurarmos a infinidade do espaço, suponhamos que, partindo da Terra para um ponto qualquer do Universo, com a velocidade da centelha elétrica, havendo percorrido milhões de léguas, nos achamos num lugar donde apenas o divisamos sob o aspecto de pálida estrela. Seguindo sempre a mesma direção, chegamos a essas estrelas longínquas, que mal percebemos. Daí, não só a Terra nos desaparece inteiramente do olhar nas profundezas do céu, como também o próprio Sol, com todo o seu esplendor, se há eclipsado pela extensão que dele nos separa. A cada passo que avançamos na extensão, transpomos sistemas de mundos, ilhas de luz etérea, estradas estelíferas, paragens suntuosas onde Deus semeou mundos na mesa profusão com que semeou as plantas nas pradarias terrenas.
- Há apenas poucos minutos que caminhamos e já centenas de milhões de milhões de léguas nos separam da Terra, bilhões de mundos nos passaram sob as vistas e, entretanto, em realidade, não avançamos um só passo que seja no Universo.
- Se continuarmos durante anos, séculos, milhares de séculos, milhões de períodos cem vezes seculares e sempre com a mesma velocidade do relâmpago, nem um passo igualmente teremos avançado, qualquer que seja o lado para onde nos dirijamos e qualquer que seja o ponto para onde nos encaminhemos, a partir desse grãozinho invisível donde saímos e a que chamamos Terra.
"Eis aí o que é o espaço!", conclui o espírito Galileu.
Observação: Allan Kardec esclarece que o capítulo de A Gênese resumido acima é extraído de uma série de comunicações ditadas à Sociedade Espírita de Paris, em 1.862 e 1.863, sob o título Estudos uranográficos e assinadas pelo espírito GALILEU, tendo como médium C.F. Esclarece Guillon Ribeiro, tradutor da obra para a Federação Espírita Brasileira, que essas são as iniciais de Camille Flammarion, membro da Sociedade e amigo de Kardec.
(Retirado do CVDEE)
2. O que é o tempo?
A concepção comum de tempo é indicada por intervalos ou períodos de duração. Por influência de idéias desenvolvidas por Einstein (teoria da relatividade), tempo vem sendo considerado como uma quarta dimensão do continuum de espaço-tempo do Universo, que possui três dimensões espaciais e uma temporal.
Pode dizer-se que um acontecimento ocorre depois de outro acontecimento. Além disso, pode-se medir o quanto um acontecimento ocorre depois de outro. Esta resposta relativa ao quanto é a quantidade de tempo entre estes dois acontecimentos. A separação dos dois acontecimentos é um intervalo; a quantidade desse intervalo é a duração.
Uma forma de definir depois baseia-se na assumpção de causalidade. O trabalho realizado pela humanidade para aumentar o conhecimento da natureza e das medições do tempo, através de trabalho destinado ao aperfeiçoamento de calendários e relógios, foi um importante motor das descobertas científicas.
As unidades de tempo mais usuais são o dia, dividido em horas e estas, por sua vez, em minutos e estes em segundos. Os múltiplos do dia são a semana, o mês, o ano e este último pode agrupar-se em décadas, séculos e milênios.
Crianças de colo não têm a noção de tempo e adultos com certas doenças neurológicas e ou psiquiátricas podem perdê-la.
(Retirado da Wikipedia)
O tempo é apenas uma medida relativa de sucessão das coisas transitórias; a eternidade não é suscetível de medida alguma, do ponto de vista da duração; para ela, não há começo, nem fim: tudo lhe é presente.
O tempo seria, então, um conceito meramente subjetivo, ou seja, estaria exclusivamente na dependência de um observador para apreciá-lo em determinado ponto e, portanto, inescapavelmente subordinado à relatividade de sua posição quanto a tudo o mais no universo que o cerca.
(MIRANDA, Hermínio C. As Estruturas, Tempo e Espaço. In: . A Memória e o Tempo. São Paulo, EDICEL, 1981. o. 28.)
Vejamos como os Espíritos percebem o tempo (duração):
A duração, os Espíritos a compreendem como nós?
“Não e daí vem que nem sempre nos compreendeis, quando se trata de determinar datas ou épocas.”
Os Espíritos vivem fora do tempo como o compreendemos. A duração, para eles, deixa, por assim dizer, de existir. Os séculos, para nós tão longos, não passam, aos olhos deles, de instantes que se movem na eternidade, do mesmo modo que os relevos do solo se apagam e desaparecem para quem se eleva no espaço.
(O Livro dos Espíritos, q. 240)
3. O que é o vácuo?
Na Física, o vácuo é a ausência de matéria (moléculas, átomos...) em um volume de espaço.
(Retirado da Wikipedia)
Vácuo, na visão espírita:
O vácuo absoluto existe em alguma parte no Espaço universal?
“Não, não há o vácuo. O que te parece vazio está ocupado por matéria que te escapa aos sentidos e aos instrumentos.”
(O Livro dos Espíritos, q. 36)
4. Por que nos é difícil compreender que o espaço universal seja infinito?
Simplesmente porque queremos passar o ilimitado, o infinito pelo nosso limitado e finito prisma pessoal. Vai aí um pouco de orgulho também. Queremos que a Verdade se submeta aos nossos caprichos, que Deus nos peça permissão para que as coisas sejam como gostaríamos que fossem.
A humildade que Jesus nos recomenda ao longo de todo o Evangelho também na compreensão do espaço universal encontra seu lugar. Devemos entender que no estágio evolutivo em que nos encontramos nem tudo nos é dado compreender. É preciso trabalhar resolutamente pelo nosso aperfeiçoamento intelecto-moral, condição necessária para que nosso entendimento se alargue. Quando formos espíritos melhores, teremos condições de compreender o espaço universal infinito, a relatividade e subjetividade do tempo, a inexistência do vácuo absoluto, e, ainda, poderemos ver a Deus, conforme lemos na questão 244, de O Livro dos Espíritos.
A foto acima retrata bem nossa posição diante do Universo: crianças querendo alcançar o infinito.
Muita paz,
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