Provas da existência de Deus (q. 4 a 9) - Conclusão
Olá a todos,
Vamos à conclusão do estudo desta semana:
1. Qual a possível relação entre a questão de número 4 de O Livro dos Espíritos e o aforismo de Kardec que diz: "Não há fé inquebrantável senão aquela que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da humanidade"?
Na questão de número 4, Kardec deseja saber onde se encontra a prova da existência de Deus. Os Espíritos respondem que esta prova pode ser encontrada na premissa de que todo efeito possui uma causa. Dessa forma, Deus é a causa de tudo o que existe no Universo. Lembram-se do "causa primária de todas as coisas"?
Quando respondem assim, os Espíritos estão explicando que a prova da existência de Deus se encontra também por meio da razão, isto é, se raciocinarmos adequadamente verificaremos que não há lógica na explicação de que tudo o que existe é obra do acaso, de um arranjo aleatório das coisas. Existe uma Inteligência suprema governando tudo, conduzindo, é uma mão invisível que dirige os destinos do Universo.
É dessa forma que se relacionam a resposta da questão e a máxima de Kardec que traz: "Não há fé inquebrantável senão aquela que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da humanidade". Não é um dogma, uma imposição, um "acredite porque está escrito". Trata-se de um raciocínio até certo ponto elementar: todo efeito tem uma causa, todo efeito inteligente tem uma causa inteligente.
2. A partir do material de estudo desta semana, constatamos que podemos provar a existência de Deus tanto pela razão quanto pelo sentimento. Explique cada uma das formas.
O item 8, do primeiro capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo, inicia-se assim: "A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral." A Ciência privilegia o raciocínio e a Religião, o sentimento. Por meio desses dois instrumentos ou dessas duas asas, conforme escreveu Emmanuel, o Homem alçará vôo rumo à Perfeição.
Quanto à utilização do raciocínio para compreender Deus já comentamos na questão anterior.
Além da capacidade de raciocinar, temos o sentimento inato, instintivo da existência de Deus. Quem de nós, para usar as imagens poéticas de Léon Denis, pode contemplar o céu com toda a vastidão de astros cintilantes e não enxergar a grandeza de Deus governando, imprimindo ordem e harmonia a tudo?
Sentimos Deus no sorriso de uma criança, na beleza de uma flor, no sentimento sublime do amor entre a mãe e o filho...
Enfim, sentimos Deus em tudo, quando temos olhos para ver. Não olhos físicos, mas olhos espirituais para compreender a grandeza que há em tudo.
Raciocinar e sentir. Talentos maravilhosos que Deus nos emprestou. Como na parábola, cumpre que os cultivemos, que os façamos prosperar, aumentar. Há tantos por aí que estão enterrando estes talentos...
3. Existe relação possível entre as questões de número 6 e a de número 621 de O Livro dos Espíritos?
A questão de número 6 trata do sentimento instintivo da existência de Deus que trazemos dentro de nós mesmos. Agora, a questão 621 é aquela na qual Kardec pergunta aos Espíritos sobre onde está escrita a Lei de Deus e eles respondem, na consciência.
A relação é cristalina. O sentimento instintivo da existência de Deus está gravado em nossa própria consciência. Como a semente traz em si os códigos de seus desenvolvimentos futuros, também trazemos, na consciência, a Lei de Deus. É por isso que buscamos naturalmente o que é bom, o que é belo e, também, é por esse motivo que a consciência arde com a culpa, com o arrependimento, com o remorso.
4. Por que os Espíritos afirmam que o orgulho gera a incredulidade?
O orgulho é uma falsa concepção que a pessoa tem de si mesma. Ela se vê mais importante que realmente é; ela se julga portadora de privilégios que não possui; ela se imagina uma sumidade, quando seus conhecimentos são muito restritos; ela pensa que todos a admiram, quando, na verdade, as pessoas a evitam; e por aí vai...
Como lemos no finalzinho dos prolegômenos, "o orgulho e a ambição serão sempre uma barreira erguida entre o homem e Deus". Para o orgulhoso, acreditar em Deus seria uma fraqueza inaceitável para a sua idéia de fortaleza. O argumento do orgulhoso, geralmente, é de que "a idéia de Deus é uma muleta dos fracos", algo que o homem criou para lidar com a sensação de impotência. O orgulhoso se sente muito forte diante da vida, seu olhar é altivo, vejam como ele caminha: levantando o joelho e pisando firme, como se estivesse esmagando tudo o que lhe está abaixo.
Não é de se admirar que grande parte dos ensinamentos de Jesus passa pela necessidade de humildade. Ou em outros termos, para nos aproximarmos do "Reino de Deus", temos que nos tornar humildes como as crianças, simples, mansos. Sendo como é, o orgulhoso afasta-se, cada vez mais, da compreensão do que seja a Divindade e, por isso, se torna um incrédulo.
Muita paz!
Vamos à conclusão do estudo desta semana:
1. Qual a possível relação entre a questão de número 4 de O Livro dos Espíritos e o aforismo de Kardec que diz: "Não há fé inquebrantável senão aquela que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da humanidade"?
Na questão de número 4, Kardec deseja saber onde se encontra a prova da existência de Deus. Os Espíritos respondem que esta prova pode ser encontrada na premissa de que todo efeito possui uma causa. Dessa forma, Deus é a causa de tudo o que existe no Universo. Lembram-se do "causa primária de todas as coisas"?
Quando respondem assim, os Espíritos estão explicando que a prova da existência de Deus se encontra também por meio da razão, isto é, se raciocinarmos adequadamente verificaremos que não há lógica na explicação de que tudo o que existe é obra do acaso, de um arranjo aleatório das coisas. Existe uma Inteligência suprema governando tudo, conduzindo, é uma mão invisível que dirige os destinos do Universo.
É dessa forma que se relacionam a resposta da questão e a máxima de Kardec que traz: "Não há fé inquebrantável senão aquela que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da humanidade". Não é um dogma, uma imposição, um "acredite porque está escrito". Trata-se de um raciocínio até certo ponto elementar: todo efeito tem uma causa, todo efeito inteligente tem uma causa inteligente.
2. A partir do material de estudo desta semana, constatamos que podemos provar a existência de Deus tanto pela razão quanto pelo sentimento. Explique cada uma das formas.
O item 8, do primeiro capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo, inicia-se assim: "A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral." A Ciência privilegia o raciocínio e a Religião, o sentimento. Por meio desses dois instrumentos ou dessas duas asas, conforme escreveu Emmanuel, o Homem alçará vôo rumo à Perfeição.
Quanto à utilização do raciocínio para compreender Deus já comentamos na questão anterior.
Além da capacidade de raciocinar, temos o sentimento inato, instintivo da existência de Deus. Quem de nós, para usar as imagens poéticas de Léon Denis, pode contemplar o céu com toda a vastidão de astros cintilantes e não enxergar a grandeza de Deus governando, imprimindo ordem e harmonia a tudo?
Sentimos Deus no sorriso de uma criança, na beleza de uma flor, no sentimento sublime do amor entre a mãe e o filho...
Enfim, sentimos Deus em tudo, quando temos olhos para ver. Não olhos físicos, mas olhos espirituais para compreender a grandeza que há em tudo.
Raciocinar e sentir. Talentos maravilhosos que Deus nos emprestou. Como na parábola, cumpre que os cultivemos, que os façamos prosperar, aumentar. Há tantos por aí que estão enterrando estes talentos...
3. Existe relação possível entre as questões de número 6 e a de número 621 de O Livro dos Espíritos?
A questão de número 6 trata do sentimento instintivo da existência de Deus que trazemos dentro de nós mesmos. Agora, a questão 621 é aquela na qual Kardec pergunta aos Espíritos sobre onde está escrita a Lei de Deus e eles respondem, na consciência.
A relação é cristalina. O sentimento instintivo da existência de Deus está gravado em nossa própria consciência. Como a semente traz em si os códigos de seus desenvolvimentos futuros, também trazemos, na consciência, a Lei de Deus. É por isso que buscamos naturalmente o que é bom, o que é belo e, também, é por esse motivo que a consciência arde com a culpa, com o arrependimento, com o remorso.
4. Por que os Espíritos afirmam que o orgulho gera a incredulidade?
O orgulho é uma falsa concepção que a pessoa tem de si mesma. Ela se vê mais importante que realmente é; ela se julga portadora de privilégios que não possui; ela se imagina uma sumidade, quando seus conhecimentos são muito restritos; ela pensa que todos a admiram, quando, na verdade, as pessoas a evitam; e por aí vai...
Como lemos no finalzinho dos prolegômenos, "o orgulho e a ambição serão sempre uma barreira erguida entre o homem e Deus". Para o orgulhoso, acreditar em Deus seria uma fraqueza inaceitável para a sua idéia de fortaleza. O argumento do orgulhoso, geralmente, é de que "a idéia de Deus é uma muleta dos fracos", algo que o homem criou para lidar com a sensação de impotência. O orgulhoso se sente muito forte diante da vida, seu olhar é altivo, vejam como ele caminha: levantando o joelho e pisando firme, como se estivesse esmagando tudo o que lhe está abaixo.
Não é de se admirar que grande parte dos ensinamentos de Jesus passa pela necessidade de humildade. Ou em outros termos, para nos aproximarmos do "Reino de Deus", temos que nos tornar humildes como as crianças, simples, mansos. Sendo como é, o orgulhoso afasta-se, cada vez mais, da compreensão do que seja a Divindade e, por isso, se torna um incrédulo.
Muita paz!
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